Diagnóstico precoce, tecnologia e otimismo para enfrentar o câncer

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O sorriso de Edna Alves Ribeiro expressa a forma positiva como ela tem encarado a luta contra a doença

Já são três anos de luta para eliminar de vez um adversário que mudou muita coisa na vida da Edna Alves Ribeiro, de 43 anos. Exceto, o seu sorriso de otimismo em relação à vida. “Gosto muito mais de mim mesma hoje. Desenvolvi um grande valor pelo próximo e certamente sei que não há nada que me limite. Afinal, eu posso tudo!”, exalta a paciente da Unidade de Oncologia do Hospital Márcio Cunha. Não é por acaso. Cada vez mais, o diagnóstico precoce e os investimentos em tecnologias avançadas para os tratamentos – como os novos aceleradores lineares, aliados à conscientização e à prevenção, têm se tornado armas poderosas para salvar inúmeras vidas na região e para mudar a forma como as pessoas encaram o câncer.

Para quem chega com o diagnóstico da doença à Unidade de Oncologia, buscar esse entendimento com profissionais, familiares e amigos é fundamental, na visão coordenador médico da unidade, Luciano de Souza Viana. “Às vezes a pessoa chega com o sentimento de entrega. O ponto inicial é restaurar a vontade de viver e lutar do paciente. Não adianta só me dar o braço para eu colocar o remédio, isso não funciona. É um trabalho em equipe.” Na data em que se celebra o Dia Mundial Contra o Câncer, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) evidencia o quanto esse empenho coletivo precisa se fortalecer.

Em 2016, a Fundação São Francisco Xavier, entidade que administra o Hospital Márcio Cunha, entra na fase final de modernização e ampliação da Unidade de Oncologia. Além da conclusão da construção do bunker, local especial onde será instalado o segundo acelerador linear (equipamento para radioterapias), haverá a expansão das recepções, a ampliação do setor de quimioterapias, além da criação do espaço exclusivo para procedimento de hemotransfusão. Investimentos que acompanham o aumento da demanda por tratamentos.

Aumento no número de casos

Segundo o site do Inca, são estimados 596 mil novos casos da doença no país este ano. No Vale do Aço, a Unidade de Oncologia do HMC, que é referência regional no combate ao câncer para cerca de um milhão de habitantes, em 50 municípios, tanto por meio de convênios e pela Usisaúde quanto pelo Sistema Único de Saúde (SUS), calcula aproximadamente o surgimento de 1.500 casos novos. Por isso a campanha da União Internacional para Controle do Câncer (UICC) neste dia 4 de fevereiro em todo o planeta tem como slogan “Nós podemos, eu posso”, com o intuito de unir a população mundial para enfrentar este que já é considerado um problema de saúde pública.

“O câncer é um conjunto de doenças em que a base principal é o descontrole do crescimento da célula. Esse desequilíbrio faz com que ela passe a se multiplicar independente da necessidade do organismo”, explica o médico. Por isso, embora seja desencadeado também por fatores genéticos, a prevenção a outras causas, como maus hábitos alimentares, exposições às toxinas, cigarro, estilo de vida sedentário e baixo estado emocional, é a maneira mais efetiva de combatê-lo.

“Eu cheguei à Unidade de Oncologia para minimizar a minha dor, porque eu queria vida. A equipe médica abraçou essa causa comigo e nunca me deixou desistir. Havia momentos em que eu queria chorar, mas precisava lidar com as minhas emoções e também com as emoções dos outros, como a minha filha. Já peguei ela chorando durante a noite e eu dizia que estava tudo bem, mas a minha vontade era de abraçá-la e chorar junto. Creio que o pior já passou e eu consegui tirar grandes lições de tudo isso”, lembra a paciente Edna, que precisou se afastar do emprego de cobradora de ônibus quando recebeu o diagnóstico. Após finalizar os tratamentos com radioterapia, quimioterapia e braquiterapia contra um câncer de reto, que quase a deixou sem os movimentos da perna, ela agora está na fase controle. Um período em que tem no Hospital Márcio Cunha acompanhamento com médico e psicóloga, ajudando-a a manter uma boa qualidade de vida.

Para o médico Luciano Viana, em boa parte dos casos, o término do tratamento significa tocar a vida em frente e com uma grande história de superação. “Para conseguir tratar, é preciso resgatar a dignidade do paciente. Há várias pessoas vitoriosas que passaram por isso na sociedade. O paciente que é otimista, geralmente, tem menos sintomas, vence e continua a vida.”

 

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