Um caminho de esperança para médicos e pacientes que buscam a cura de tumores graves no cérebro se abriu esta semana no Hospital Márcio Cunha (HMC), em Ipatinga. Pela primeira vez na região Leste de Minas Gerais, um paciente do Sistema Único de Saúde foi submetido, com sucesso, à chamada radiocirurgia na cabeça, um procedimento que mobilizou dezenas de profissionais na Unidade II e na Unidade de Oncologia do hospital.
A tecnologia é fruto dos investimentos recentes da Fundação São Francisco Xavier, braço social da Usiminas na área da saúde e mantenedora do hospital. Realizada pelo acelerador linear o equipamento de radioterapia a partir da inteligência de um avançado software, a radiocirurgia é indicada para tumores malignos no cérebro a partir de metástases, tumores benignos no sistema nervoso central e para má-formações arteriovenosas (MAB) que podem levar a um acidente vascular cerebral. A ideia é incorporá-la na rotina dos pacientes que têm essas indicações. Para o médico, os resultados, com a progressiva redução do tumor, podem ser notados entre a sexta e oitava semana após o procedimento. Não é uma técnica para todos os pacientes, já que depende muito do tamanho da lesão e das características da doença, pondera.
Primeiro, o paciente passa por uma ressonância magnética, para conseguir determinar o local exato da lesão. É submetido ainda à colocação do halo estereotáxico (um aro de fixação na cabeça) pelo neurocirurgião. Depois, passa por uma tomografia de localização da área a ser tratada. A junção dessas duas imagens, de ressonância e de tomografia, é que permite a delimitação mais precisa da área a ser tratada, descreve o Dr. James Wagner Moraes, médico neurocirurgião do Hospital Márcio Cunha.

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